27 de ago. de 2009

Festa e protesto na comemoração dos 500 anos

Registro das festas, discursos oficiais e protestos pelo país na comemoração dos 500 anos.

REFERÊNCIA: Festa e protesto na comemoração dos 500 anos. O Tempo, Caderno Especial, 23 de abril de 2000. 8 p.

Um comentário:

  1. Exemplo de ficha didática

    Os jornais são bastante utilizados no ensino pelas diversas áreas, seja pelo conteúdo ou pelas possibilidades de trabalho. Com a diversificação das fontes proposta pelos Annales, os jornais ganharam mais espaço na História. Atualmente, figura ao lado de outros meios do processo de ensino-aprendizagem, como o livro didático. Porém, da mesma forma que com qualquer outra fonte, sua utilização precisa ser bem elaborada e planejada pelo professor. É importante lembrar que as Orientações Básicas para o Ensino Médio, do Ministério da Educação, incentivam a recorrência a fontes diversificadas e passíveis de interpretações variadas, com o objetivo de trabalhar as concepções de História. Além disso, trata-se de aproximar os estudantes de seu cotidiano, abordando questões como a cidadania e o sentido da História, realizando também um trabalho interdisciplinar. Assim, propomos duas formas de abordagem que podem ser executadas paralelamente:
    - Abordagem do conteúdo: os jornais podem ser utilizados como fonte de conteúdo. Porém, o professor deve estar atento para possíveis incorreções de interpretação. Mesmo assim, os problemas que um jornal apresenta neste sentido podem ser trabalhados de forma crítica. Pode-se questionar as fontes utilizadas para produção da matéria, o contexto de produção, o autor e as intenções implícitas ou explícitas. Para um projeto a longo prazo, poder-se-ia estudar também a historicidade do jornal.
    - Possibilidades do material: o jornal pode ser trabalhado também como instrumento de leitura e escrita. Ler e escrever são ferramentas essenciais para o processo de aprendizagem e na perspectiva do “aprender a aprender”, podem ser desenvolvidos bons trabalhos (SILVA, 2004, p. 71). Além de levar o aluno a conhecer um jornal (suas linguagens e tipos de textos, análise de imagens, etc.), o professor pode orientar uma leitura definindo objetivos, demonstrando a estrutura do texto e refletindo sobre as dificuldades encontradas. Também pode-se trabalhar a escrita, através da produção de textos de opinião, descritivos e resumos. Atividades que parecem muito simples, mas que não fazem parte da rotina das aulas e podem contribuir muito para a formação de competências bastante importantes no ingresso à Universidade.
    Sugestão de material:
    • Guia de leitura da história brasileira. Folha de São Paulo, Caderno Mais, 2 abril 2000. Nesta edição, sete historiadores sugerem e comentam os livros essenciais para conhecer o passado do país.
    • Festa e protesto na comemoração dos 500 anos. O Tempo, Caderno Especial, 23 abril 2000. 8 p. Reportagens que abordam as festas e protestos pelo país na comemoração dos 500 anos.
    Os dois materiais podem ser trabalhados na perspectiva acima sugerida. Na primeira sugestão, a produção é de historiadores; já na segunda, trata-se de um texto jornalístico sobre um fato cotidiano, ocorrência da época. A contraposição das duas abordagens potencializa o trabalho. A introdução desse tipo de análise pode ser feita como complemento de uma matéria já estudada ou como introdução de uma temática, no caso História do Brasil Colônia.
    Referências:
    SILVA, Vitória Rodrigues e. Estratégias de leitura e competência leitora: contribuições para a prática de ensino em História. História, São Paulo, 23 (1-2), 2004.
    SEFFNER, Fernando. Leitura e escrita na História. In: NEVES, Iara Conceição Bitencourt (Org.). Ler e escrever. Compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: UFRGS editora, 1998.

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